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O segredo do café: a magia por trás de cada xícara

Desvendar os segredos do Metiers Café revela uma jornada fascinante, que, certamente, expõe a complexidade e a arte envolvidas em cada xícara de café. Desde a seleção criteriosa dos melhores grãos até as técnicas meticulosas de torra e preparo, cada etapa ocorre com paixão e precisão, transformando o café, decerto, em uma verdadeira obra de arte.

A história rica e evolutiva do café, bem como os diferentes tipos de grãos e as nuances de sabor que cada um oferece, representam apenas o começo dessa exploração. O processo de torrefação, com suas várias abordagens, e as técnicas de preparo, tanto tradicionais quanto modernas, demonstram que o café é uma bebida versátil e em constante evolução.

Ademais, a moagem, a harmonização com alimentos e a importância da água ressaltam a necessidade de atenção aos detalhes para proporcionar a melhor experiência possível.

Apreciar o café vai, portanto, muito além do simples ato de beber; envolve entender e valorizar o esforço e a habilidade presentes em sua produção. Com as orientações certas, qualquer pessoa pode replicar essa experiência em casa, transformando cada xícara em um momento especial de descoberta e prazer.

O Metiers Café, assim sendo, nos ensina que o café é mais do que uma bebida: é um ritual, uma expressão cultural e uma celebração dos sentidos. Ao aprofundarmos nosso conhecimento, transformamos cada gole em uma experiência mágica, repleta de história, técnica e, acima de tudo, paixão.

Foto da área externa do Metiers Café localizado dentro do Instituto Casa Roberto Marinho

A história do café e sua evolução

A história do café revela-se tão rica e complexa quanto a bebida em si. Originário das terras altas da Etiópia, o café iniciou uma trajetória fascinante que, surpreendentemente, abrange continentes e séculos. Conta-se que um pastor de cabras etíope, chamado Kaldi, percebeu os efeitos estimulantes do café quando suas cabras ficaram mais enérgicas após comerem frutas de uma certa planta. Assim, o café começou sua jornada pelo mundo.

No século XV, o café chegou ao mundo árabe e, então, conquistou imensa popularidade. Os primeiros registros de cultivo e comércio surgiram no Iêmen. Foi na Península Arábica que as pessoas passaram a torrar e preparar o café de maneira semelhante ao que conhecemos atualmente. Aliás, as casas de café começaram a surgir em cidades como Meca e Medina, transformando-se em centros de socialização, discussões intelectuais e comércio. Posteriormente, o café seguiu para o Império Otomano, onde continuou a expandir sua fama.

No século XVII, o café desembarcou na Europa, inicialmente por meio das rotas comerciais de Veneza. Logo após, as casas de café proliferaram em grandes cidades europeias, como Londres, Viena e Paris, transformando-se em locais de encontro para artistas, escritores e intelectuais.

Por conseguinte, o café chegou ao Novo Mundo e encontrou solo fértil para cultivo nas Américas Central e do Sul. Atualmente, o café figura entre as bebidas mais consumidas do mundo, simbolizando, inegavelmente, a evolução das culturas e sociedades ao longo dos séculos.

Os diferentes tipos de grãos de café

O café possui diversas espécies; contudo, duas delas se destacam como as mais cultivadas e consumidas mundialmente: Coffea arabica e Coffea canephora, mais conhecida como robusta. Cada uma apresenta características distintas, que, certamente, influenciam diretamente o sabor e a qualidade da bebida.

A Coffea arabica representa cerca de 60 a 70% da produção global. Originária das terras altas da Etiópia, destaca-se pelo sabor suave e complexo, com notas frutadas e uma acidez agradável. Seus grãos, mais sensíveis, exigem condições específicas de cultivo, como altitudes elevadas e temperaturas moderadas. Assim, essa delicadeza contribui para a riqueza aromática e a diversidade de sabores encontrados nos cafés arábicos.

Por outro lado, a Coffea canephora, ou robusta, apresenta maior resistência a pragas e variações climáticas, além de um ciclo de cultivo mais curto. Originária da África Ocidental, entrega um sabor mais forte e amargo, com notas terrosas e um teor de cafeína significativamente mais elevado. Por essas razões, produtores utilizam a robusta amplamente em blends, a fim de adicionar corpo e intensidade, bem como para a produção de café instantâneo.

Além disso, dentro de cada espécie, existem inúmeras variedades com perfis únicos de sabor e aroma. Esses perfis sofrem influência direta de fatores como terroir — solo, clima e altitude —, além dos métodos de cultivo e processamento.

Portanto, essa diversidade torna o café uma bebida fascinante, capaz de oferecer uma ampla gama de experiências sensoriais, desde as mais delicadas até as mais intensas, encantando apreciadores em todo o mundo.

O processo de torrefação e seu impacto no sabor

A torrefação desempenha um papel crucial na produção do café, pois desenvolve os sabores e aromas que apreciamos em cada xícara. Durante esse processo, os grãos verdes aquecem-se a altas temperaturas, desencadeando diversas reações químicas complexas que, certamente, transformam os compostos internos dos grãos. Esse é, sem dúvida, é um dos segredos do café: a torrefação é a etapa responsável por revelar toda a sua personalidade.

Existem diferentes estilos de torrefação, variando de torra clara a torra escura, cada qual com impacto distinto no sabor.

As torras claras, por exemplo, preservam mais os sabores originais dos grãos, resultando em cafés mais ácidos, com notas frutadas e florais. Assim, esse estilo é frequentemente escolhido para cafés de origem única, a fim de destacar as características específicas do terroir.

As torras médias equilibram acidez e doçura, desenvolvendo notas de caramelo, chocolate e nozes. Esse estilo, portanto, mostra-se ideal para blends, onde a complexidade e o equilíbrio são altamente valorizados.

Por outro lado, as torras escuras resultam em cafés com sabores intensos e amargos, acidez reduzida e notas marcantes de fumaça e especiarias. Esses cafés, então, são perfeitos para métodos de preparo que exigem um perfil mais robusto, como o espresso.

O processo de torrefação, analogamente, exige habilidade e precisão para controlar temperatura e tempo. Pequenas variações, inclusive, podem gerar mudanças significativas no sabor final. Os mestres de torra utilizam sua experiência e paladar apurado para alcançar o perfil desejado, realizando ajustes sutis sempre que necessário.

Portanto, essa combinação de ciência e arte torna a torrefação uma etapa fascinante na produção do café.

Técnicas de preparo: métodos tradicionais e modernos

A maneira como se prepara o café impacta diretamente o sabor e a experiência da bebida. Existem diversos métodos, cada qual com características e rituais únicos. Entre os tradicionais, destacam-se o café turco e o café de coador, dois dos mais antigos e, decerto, mais reverenciados.

café turco destaca-se pelo preparo singular: moem-se os grãos finamente, quase como um pó, e combinam-se com água e açúcar em um cezve, pequena panela de cobre. A mistura aquece-se lentamente até ferver, criando uma bebida espessa, aromática e encorpada, com óleos e sedimentos preservados.

O café de coador, ou filtrado, por sua vez, utiliza-se amplamente no mundo todo. Nessa técnica, a água quente passa lentamente sobre o café moído, disposto em um filtro de papel ou pano, extraindo sabores de maneira delicada. Assim, o resultado é uma bebida limpa e suave, ideal para destacar as nuances de cafés de origem única.

Entre os métodos modernos, o espresso sobressai-se pela popularidade e intensidade. Originado na Itália, prepara-se forçando água quente sob pressão através do café moído finamente. O resultado, então, é uma bebida concentrada, com creme espesso, base para cappuccinos, lattes e macchiatos.

Outros métodos incluem a prensa francesa, onde se imerge o café em água quente e separa-se por um filtro de metal; e o cold brew, que extrai lentamente o café em água fria, criando uma bebida suave e menos ácida.

Assim sendo, cada preparo oferece uma experiência única, permitindo explorar uma ampla gama de sabores e texturas.

A importância da moagem na experiência do café

A moagem do café representa uma etapa fundamental, embora frequentemente subestimada, que impacta diretamente a qualidade e o sabor da bebida. Pode-se dizer, inclusive, que ela guarda outra parte do segredo do café, já que a granulometria — ou seja, a finura dos grãos moídos — determina a velocidade de extração dos compostos solúveis, afetando o equilíbrio entre acidez, doçura, amargor e corpo.

Para métodos como o espresso, uma moagem fina torna-se essencial. A alta pressão e o tempo curto de extração exigem grãos moídos de maneira uniforme, assegurando uma extração eficiente. Caso contrário, o espresso pode apresentar sabores excessivamente amargos ou ácidos, prejudicando a experiência.

Já métodos como a prensa francesa requerem moagem grossa, pois o café permanece imerso em água por mais tempo. Assim, a moagem grossa evita a superextração e o excesso de sedimentos. Se for muito fina, inevitavelmente, resultará em uma bebida turva e amarga.

Métodos intermediários, como o café de coador ou a Aeropress, pedem moagem média. Dessa forma, a água passa pelo café em ritmo moderado, extraindo sabores equilibrados. Ajustar a moagem conforme o preparo, portanto, é essencial para obter o melhor resultado e revelar, assim, mais uma parte do segredo do café: a arte por trás de cada xícara.

Além disso, o frescor da moagem é crucial. Moer os grãos imediatamente antes do preparo preserva compostos aromáticos e óleos essenciais, proporcionando uma experiência sensorial mais rica. Investir em um bom moedor faz, portanto, toda a diferença, permitindo ajustes precisos na granulometria e garantindo a qualidade do café sempre elevada.

O papel da água na preparação do café

A água é um elemento essencial na preparação do café, representando mais de 98% de uma xícara. Não por acaso, ela também guarda parte do segredo do café, já que suas características — pureza, mineralidade e temperatura — influenciam diretamente a qualidade final da bebida.

A pureza é fundamental para evitar sabores indesejados. Água com cloro, impurezas ou contaminantes pode mascarar as notas delicadas do café, prejudicando a experiência. Por isso, o uso de água filtrada é altamente recomendado, permitindo que os sabores autênticos do café se destaquem plenamente.

A mineralidade também exerce grande influência. Minerais como cálcio e magnésio afetam a extração dos compostos do café, interferindo no equilíbrio entre acidez, doçura e amargor. Assim, uma mineralidade balanceada favorece uma extração adequada, enquanto água excessivamente dura ou muito mole pode comprometer o resultado, tornando a bebida desequilibrada.

Outro fator determinante é a temperatura da água. Se estiver muito quente, ocorre a superextração, resultando em sabores amargos e desagradáveis. Se for muito fria, a subextração deixa o café fraco e sem expressão. A temperatura ideal situa-se entre 90 e 96°C, proporcionando uma extração equilibrada e completa, revelando mais uma faceta do segredo do café ao realçar os melhores atributos do grão.

Compreender e controlar esses aspectos é essencial para aprimorar a qualidade do café. Investir em um bom sistema de filtragem e monitorar a temperatura são atitudes simples que elevam a preparação, permitindo que o segredo do café se revele em toda a sua complexidade, sutileza e riqueza — características que fazem dele uma das bebidas mais apreciadas no mundo.

Harmonização de café com alimentos

A harmonização de café com alimentos é uma arte capaz de elevar a experiência gastronômica a novos patamares. Assim como o vinho, o café possui uma complexidade de sabores que pode, certamente, complementar e realçar diferentes pratos, criando uma sinergia deliciosa entre bebida e comida.

É fundamental considerar as características do café e do alimento. Cafés mais ácidos e frutados, como os de torra clara, combinam bem com sobremesas leves, especialmente à base de frutas. Por exemplo, um café arábica etíope, com notas cítricas, harmoniza perfeitamente com uma torta de limão, onde a acidez de ambos se complementa.

Cafés de torra média, por outro lado, com notas de caramelo, chocolate e nozes, são ideais para sobremesas de chocolate, bolos e queijos. Um café colombiano, por exemplo, pode acompanhar um brownie, unindo doçura e intensidade em equilíbrio.

Já os cafés de torra escura, com sabores intensos e amargos, combinam com pratos robustos e carnes. Um espresso italiano harmoniza bem com um steak au poivre, equilibrando e destacando sabores fortes.

Além das combinações clássicas, explorar harmonizações inusitadas torna-se sempre uma experiência interessante. Cafés com notas florais, por exemplo, podem combinar-se com pratos que utilizam ervas frescas, criando uma harmonia aromática surpreendente.

Portanto, o mais importante é experimentar e descobrir novas maneiras de apreciar as nuances do café junto a diferentes alimentos, transformando cada gole e mordida em uma verdadeira experiência sensorial.

Uma nova forma de beber café onde a arte está por trás de cada xícara!

Aqui no Metiers Café, acreditamos que o café não precisa se limitar ao ritual tradicional e, por isso, ampliamos sua experiência através de duas propostas que convidam à descoberta — revelando, assim, a arte por trás de cada xícara.

A primeira delas é a nossa experiência de café harmonizado, dividida em três tempos — um percurso sensorial cuidadosamente pensado para revelar diferentes nuances do café, explorando combinações que surpreendem o paladar e despertam novos olhares para essa bebida tão familiar.

Além disso, apresentamos um verdadeiro convite à criatividade com a nossa seleção de drinks com café, disponíveis tanto nas versões alcoólicas quanto sem álcool.

São interpretações que rompem com a tradição brasileira de consumir o café quase sempre quente e puro — ou, no máximo, com um toque de leite — e revelam possibilidades refrescantes, geladas, sofisticadas ou descomplicadas, perfeitas para diferentes momentos do dia.

Dicas para aprimorar sua experiência com café em casa

Apreciar uma xícara de café de qualidade não precisa ser exclusividade das cafeterias. Com algumas práticas simples, é possível transformar o preparo em casa em um momento especial.

O primeiro passo é investir em grãos frescos e de boa qualidade, preferencialmente de torrefações locais, que garantem frescura e procedência. Armazene-os em recipientes herméticos, longe da luz e do calor, para preservar seus aromas. Evite comprar café já moído, pois ele perde rapidamente suas características sensoriais.

A moagem deve ser feita na hora do preparo, utilizando um moedor de rebarba, que assegura moagem uniforme e ajustável conforme o método escolhido. Isso potencializa o sabor, resultando em uma bebida mais rica e aromática.

A proporção entre café e água também é essencial. A recomendação geral é utilizar cerca de 10 gramas de café — ou duas colheres de sopa — para cada 100 ml de água, ajustando conforme a preferência pessoal. O uso de uma balança garante precisão e consistência no preparo.

Outro ponto importante é a qualidade da água. Sempre opte por água filtrada, aquecida entre 90 e 96°C, assegurando uma extração equilibrada e realçando os melhores atributos do café.

Por fim, experimente diferentes métodos: coador, prensa francesa, Aeropress ou até mesmo espresso, se tiver o equipamento adequado. Cada um oferece uma experiência única, permitindo explorar as nuances do grão e enriquecendo sua relação com essa bebida tão especial.